sexta-feira, 19 de abril de 2013

~ Capítulo XXI ~

Logo que desliguei corri para a casa de Luan, pois tínhamos combinado de começar os preparativos para o Natal. Só essa semana que conseguimos parar para terminar de montar a árvore, Luan teimoso queria montar junto, então só conseguimos naquela semana mesmo. Quando cheguei, contei a eles da vinda de meus pais e eles adoraram a idéia.
- E não tem problema nenhum Gi, vai ser um prazer receber seus pais. - Marizete disse.- Crianças, eu vou sair, terminam a árvore?
- Claro mamusca, xá com nóis!
- Então tá, comportem-se, 12h40 por ai, Bruna chega da escola, nem eu nem seu pai viremos almoçar, se viram com a comida?
- Sim, eu não deixarei eles passarem fome Mari!
- Então tá bem. - ela riu. Até mais tarde.
Marizete ia para a casa de umas amigas almoçar e Amarildo estava em reuniões finaceiras na central.
- Vem Luan, me ajuda aqui, preciso subir pra terminar de colocar os enfeites ali em cima.
- Sou mais alto, deixa que eu coloco.
- Não e não, as posições tem que ser certinhas e você não tem essa capacidade de pensar.
- Eita, que querida... vou pegar uma cadeira.
- Haha! Ta bem.
Ele pegou a cadeira e eu subi.
- Me alcança aquele ursinho com o presente dali? 
- Tá!
Quando Luan se virou para pegar e largou a cadeira que ele tava segurando para que eu não caísse, me desequilibrei e cai com tudo no chaõ.
- Meu Deus Gi! Ce ta bem?
- Aiiiiiiiii meu pé, tá doendo demais Luan!
- E agora? Vou te levar para o hospital.
- Não precisa, eu to bem, só caí por cima do pé, olha eu consigo andar. - Falei enquanto ele me ajudava a levantar.
- Tem certeza? Mas vem, vamos sentar um pouco, terminamos depois.
- Tá! Quero aproveitar e falar com você.
- Sobre?
- Sobre a gente, Lu!
Nisso fomos interrompidos pelo telefone tocando.
- Pera, vou atender, vai que é importante.
- Alô?
- Praga, é a Bruna!
- E ai maninha, tudo beleza?
- Tudo, escuta, vou ficar aqui na casa da Lígia até mais tarde, temos trabalho pra amanhã, então não vou almoçar. A mãe tá ai?
- Não, só estamos eu e a Gi.
- Hmmmmm, ok se virem com a comida ai então, até mais e juízo.
- Vai pescar piroca. - nós rimos. - tá bom então, inté!
Desligaram.
- Era a Bruna, parece que vamos passar a tarde sozinhos. - ele sorriu.
- É? Vish.. enfim, deixa eu falar. Da primeira vez foi você, mas agora é minha vez. Luan, a gente já viveu tanta coisa juntos, esse tempo todo provamos um pro outro o quanto nos respeitamos, mesmo com aquela vontadezinha de tentar algo, e eu estive pensando, não tem problema algum, como a Bru me disse uma vez, podemos tentar, se não der certo, voltamos a ser amigos e rimos da situação.
- Vo.. você tá f..falando sério?
- Tô! - olhei pra baixo. - Eu não consigo mais ficar longe de você.
- Nem eu tampinha, nem eu. Também quero tentar, você viu que faz tempo que não aparecem notícias minhas com "affairs" na mídia, eu não consegui mais ser aquele cara de antes, depois daquela nossa conversa.
- Verdade que você levou a sério o que eu disse?
- Sim e aquilo me fez valorizar você ainda mais, porque não era igual à aquelas meninas que eu pegava, você sempre se interessou pelo Luan Rafael e nunca pelo artista. Então, bora tentar viver a vida intensamente. - Nós rimos.
- Bora! 
Ele se aproximou de mim,  pegou meu rosto de leve, e me beijou calmamente, pouco a pouco fui me entregando ao seu beijo, que era cheio de desejo, a coisa começou a esquentar, já não controlávamos mais nossos corpos, eles queriam um ao outro. Luan tirou rapidamente sua roupa e num piscar de olhos o meu vestido. Suas mãos passeavam pelo meu corpo me fazendo delirar. Entre um beijo e outro, nos entregamos ali mesmo, no sofá da sala, correndo o risco de alguém chegar inesperadamente. Depois, descansamos um ao lado do outro, abraçados.
 - Você é incrível, não sabe o quanto eu desejei isso esse tempo todo. - Luan disse ainda com a voz cansada.
 -  Eu também Lu, confesso que quando nos conhecemos eu nunca imaginei que isso fosse acontecer, mas de uns tempos pra cá, não tenho conseguido me imaginar longe de você.

Talvez tenhamos ido rápido demais, partir de um beijo e acabar daquele jeito. Mas era isso que os dois queriam, precisávamos um do outro de uma maneira inexplicável, não namoraríamos, mas começaríamos uma relação onde descobririamos o nosso verdadeiro sentimento, um pelo outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário